Devido as sinuosidades da ferrovia, aclives e declives, alto peso dos vagões juntamente com sua carga, faz-se necessário que os veículos que nela transitam tenham uma ótima qualidade de frenagem.

Um dos dispositivos presentes em todos os vagões é a válvula de alívio direto/restrito, também conhecida como como válvula de serra ou retentora de alívio. Ela tem a função de controlar o alívio do cilindro de freio dos vagões nos trechos de descida, a fim de que os freios não soltem rapidamente, permitindo, assim, ganho de tempo para a recuperação da pressão do encanamento geral do trem.

Essa válvula é comutada pela ação humana, ou seja, nos pontos de carga e descarga ela deve ser mudada. Quando o trem estiver descendo para o porto (nível do mar) o punho da válvula deve ficar na posição de alívio restrito, já para subir para as mineradoras deve ser colocada na posição de alívio direto.

Esse processo apresenta vários riscos para quem opera esse elemento, pois deve-se percorrer a via férrea durante o carregamento dos vagões, sujeito ao risco de queda de mesmo nível, atropelamento tanto pelas máquinas quanto pelo próprio trem e dentre outros.

Para evitar esses transtornos, foi idealizado juntamente com a equipe de inspeção de vagões de Ouro Branco uma válvula com funcionalidade automática que atue sem a intervenção dos funcionários.

Em uma situação de descida de vagões para o porto, uma esfera presente no interior da válvula vai de encontro a um sensor, este que, muda a passagem do ar para uma posição que restrinja a saída do ar para a atmosfera, fazendo a função restrita. Quando em trajeto de subida a esfera libera o sensor e volta para a posição de repouso, uma mola presente na outra extremidade da válvula retorna o sensor para a posição de alívio direto.

As imagens presentes nesse documento são somente conceituais, ainda não teve evolução relevante, pois o mecanismo esbarrou em vários obstáculos no qual necessita mais estudos.